Ratinho Junior, Cida Borghetti e João Arruda, os três candidatos com mais intenções de votos de acordo com a última pesquisa Ibope somam juntos cerca de R$ 15,5 milhões em patrimônio. Em 2014, na última vez que concorreram a cargos públicos, o trio ostentava R$ 11,7 milhões -- valor corrigido pelo índice de inflação. A diferença patrimonial acumulada nesse período de quatro anos é de cerca de 29%. Os dados foram obtidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De agosto de 2014 até julho de 2018, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A), medido pelo IBGE, foi de 27,8%. Esse é o índice oficial do Banco Central para medir a inflação do país.
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Entre os três, Ratinho Júnior é o único multimilionário - totalizando R$ 13,4 milhões. De uma eleição para a outra, o candidato somou aos seus bens um crédito de empréstimo, no valor de R$ 3,6 milhões, e uma participação societária, no valor de R$ 1,6 milhão. Ele também manteve outros bens acima da cifra de R$ 1 milhão: um terreno de R$ 1,4 milhão e quotas da empresa “Agropastoril Café no Bule”, no valor de R$ 5,6 milhões.
Quando se elegeu deputado estadual, há quatro anos, ele declarou possuir R$ 7,9 milhões em bens - algo próximo de R$ 10 milhões em valores atuais. No total, o aumento patrimonial de Ratinho foi de 31%. Nesse tempo, ele dividiu suas atenções entre a Assembleia Legislativa e o Palácio do Governo, quando foi secretário do Desenvolvimento Urbano do governo Beto Richa.
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Já a atual governadora, Cida Borghetti, teve, na verdade, uma diminuição patrimonial. Em 2014, a candidata declarou possuir R$ 805 mil -- cerca de R$ 1 milhão em valores atualizados. Já para as eleições deste ano, ela declarou apenas R$ 481 mil. Uma diminuição de 47%.
Entre os bens que Cida deixou de possuir, estão quotas da empresa “Qualidade de Vida Ind. e Comércio de Produtos Naturais”, no valor de R$ 115 mil, mais de R$ 200 mil em espécie e um apartamento na Rua Martim Afonso, no bairro Batel, no valor de R$ 157 mil.
Ao mesmo tempo, o deputado federal Ricardo Barros (PP), marido de Cida, declarou um aumento de 138% no patrimônio - foi de R$ 2,3 milhões para R$ 5,5 milhões. A maior parte é de quotas de empresas. Não é possível afirmar que os bens que deixaram de pertencer a Cida passaram para o nome de Barros porque o TSE alterou as regras de declaração em 2018.
Em terceiro lugar na última pesquisa de intenção de votos, João Arruda teve o maior aumento percentual no patrimônio -- 124%. Em 2014, ele declarou possuir R$ 438 mil -- cerca de R$ 557 mil em quantias atualizadas. Já em 2018, o valor de seus bens saltaram para R$ 1,2 milhão. Esse aumento foi gerado, principalmente, pela adição de uma casa no valor de R$ 1 milhão - há quatro anos atrás, o deputado declarou um casa no valor de R$ 313 mil.
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Dr. Rosinha (PT) não participou das eleições de 2014, portanto não possui declaração registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) referente a esse período. A última declaração é de 2010, quando ele foi candidato a deputado federal. Nessa ocasião, Rosinha declarou possuir R$ 258 mil -- cerca de R$ 420 mil em valores atualizados. Para as eleições de 2018, o candidato declarou possuir R$ 768 mil em patrimônio -- um aumento de 82% em oito anos.
Para efeito de comparação, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu cerca de 19% de 2014 (R$ 5,7 trilhões) para 2017 (R$ 6,6 trilhões).
Metodologia da pesquisa Ibope:
Pesquisa realizada pelo Ibope de 16/ago a 22/ago/2018 com 1.008 entrevistados (Paraná). Contratada por: REDE PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO. Registro no TSE: PR-04869/2018. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Confiança: 95%. OBS: A pesquisa está sendo impugnada por duas representações eleitorais, ajuizadas por interessados diversos, segundo os quais a pesquisa não atendeu aos requisitos previstos na Resolução n. 23.459/TSE, especialmente quanto à insuficiente estratificação para o nível econômico dos eleitores respondentes.
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